segunda-feira, 1 de junho de 2009

Boca no Trombone - "Educação de Guerrilha”

Lana Krisna
Do Informe R.Sá, em Picos

Quem já ouviu falar nesse termo? Ninguém, nem o Google.

Pois se trata de uma pequena guerra dentro das salas de aula, onde os professores são mitificados como “guerrilheiros do conhecimento” a partir de uma ação psicológica. Tudo isso pode parecer muito radical, mas tenha calma que eu vou explicar.

Guerrilha segundo a Wikipédia: "trata-se de levar um adversário, por muito mais forte que seja, a admitir condições freqüentemente muito duras, não engajando contra ele senão meios extremamente limitados. É então que entra em jogo, em toda a sua plenitude, a fórmula das variáveis complementares que já encontramos: a inferioridade das forças militares deve ser compensada por uma superioridade crescente das forças morais, à medida que a ação se prolonga. Assim, a operação desenvolve-se simultaneamente em dois planos, o plano material, das forças militares, e o plano moral, da ação psicológica".

Os professores de guerrilha seguem o seguinte perfil: Doutores, doutorandos, mestres ou mestrandos. São profissionais corretamente exigentes, que não querem saber qual o nível do aluno, mas que exigem que o aluno acompanhe o nível das aulas. São professores que não querem saber se o aluno estuda, trabalha e tem muito texto para ler, mas que exigem do o aluno que se prepare para suas aulas e avaliações. E isso é Bom!

Esses professores são tão exigentes durante as provas, que os alunos chegam a sentirem medo de não se preparar, e medo maior em perder a primeira chamada, por que é na segunda que o bicho pega. Corre pela ‘boca pequena’ nos corredores da faculdade que as segundas chamadas são de matar e até hoje, poucos tiveram a coragem de passar por essa sabatina.

Esse medo todo vem de uma ação psicológica feita dentro da sala de aula, com as histórias de que o professor já reprovou uma turma inteira, reprovou por um décimo, fez uma prova de segunda chamada tão difícil que até ele próprio precisou recorrer aos livros para corrigi-la. É uma pressão psicológica tão grande, que leva os alunos a desacreditarem na sua própria capacidade intelectual e de interpretação e os leva a recorrer à velha prática da decoreba.

Com essa busca desregrada para atender às expectativas do professor, o aluno vai perdendo o gosto pela disciplina e transformando o aprendizado em algo automático, robótico e descartável. Cabe a cada professor avaliar como está sendo o desempenho das suas disciplinas e julgar se já entrou para a turma dos guerrilheiros.

"A principal meta da educação é criar homens que sejam capazes de fazer coisas novas, não simplesmente repetir o que outras gerações já fizeram. Homens que sejam criadores, inventores, descobridores. A segunda meta da educação é formar mentes que estejam em condições de criticar, verificar e não aceitar tudo que a elas se propõe." Segundo o pensador, Jean Piaget.

E você, conhece algum professor assim?

Nenhum comentário:

Postar um comentário